SERVIR

SERVIR

domingo, 30 de janeiro de 2011

Por Padre Júlio Maria Lombaerde





Peço aos queridos sacerdotes lerem esta introdução: nada de novo lhes ensinará, talvez, porém relembrar-lhes-á umas verdades práticas que facilmente ficam sepultadas no esquecimento.


I – Razão de ser deste trabalho

Um comentário apologético do Evangelho Dominical é quase uma novidade nas homilias, tanto estamos acostumados a ver apenas: comentários literal, dogmático e moral.

Em tempos idos, tais comentários eram suficientes, porque as crianças recebiam dos pais a instrução necessária para firmar sua fé e não deixar dúvidas em seu espírito. Deste modo, podia o sacerdote enxertar, sobre estas noções, comentários evangélicos, dogmáticos e morais, que eram compreendidos porque encontravam alicerces.

Hoje, infelizmente, estamos numa época de ‘falta de tempo, de gesto e de espírito religioso produtivo’, de modo que raros são os pais que ensinam a doutrina católica a seus filhos; uma mãe cristã ensina ainda a rezar, ministra-lhes umas verdades fundamentais, porém, muitas vezes de modo superficial, mal assimilado, feito às pressas, sem deixar uma convicção sólida no espírito da criança.

Este trabalho fundamental e básico da convicção tem que ser feito pelo sacerdote, no púlpito, nas homilias do Domingo ou no catecismo de perseverança.

Para muitos, a religião é uma espécie de opinião, iguais às opiniões sociais ou políticas: tomam o que lhes agradam, rejeitam o que não agrada e duvidam de uma doutrina que mal conhecem.

Para reagir contra esse abuso e retificar esta idéia falsa de religião, é preciso preparar a inteligência e a vontade para a aquisição de um espírito de fé, mais intenso e mais ativo. É tal preparação que se faz pela Apologética.


II – O que é Apologética?

É a demonstração da verdadeira religião contra todos os seus adversários, quer sejam incrédulos, quer sejam heréticos.

O grande ponto de controvérsia está nesta questão: É ou não é verdade a doutrina da Igreja Católica?

Esclarecidos pela fé, nós católicos respondemos: Sim, é a pura e imutável verdade!

Mas os adversários tem o direito de pedir provas de uma afirmação tão categórico.

Estas provas são dadas pelo ensino apologético.

Há no mundo um fato público, visível e inegável para todos: é a existência da Igreja Católica, que ao longo dos séculos proclama bem alto: Eu sou a única Religião Verdadeira! Aquele que crer em mim se salvará. Aquele que me rejeitar, será rejeitado por Deus!

Para nós, católicos, tal verdade não se discute: é de absoluta certeza. Infelizmente, há alguns que ignoram e outros que negam tal verdade.

A uns e outros a apologética dá uma resposta. Tal resposta, para ser completa, deve apresentar três partes em sua demonstração:


1) O fundamento
2) Os meios
3) Os fatos

O fundamento compreende:

A existência de Deus
A Imortalidade de Deus
A Providência Divina
A Lei Natural
A necessidade da religião

Os meios de demonstração são: os milagres e profecias, provando que a religião cristã foi divinamente revelada, e divinamente provada pelos milagres.

Os fatos são:

A existência da religião cristã
A sua admirável história
A sua preeminência sobre as demais religiões
A aplicação das profecias
Os milagres do antigo e novo testamento

Uma vez provado que a religião cristã é a única religião divina, torna-se fácil provar que essa única religião é conservada e ensinada pela Igreja católica, tendo, ela só, inscritos na fronte os característicos de Jesus Cristo.

Nesse novo quadro vem agrupar-se sucessivamente:

Os erros das seitas dissidentes,
O papado no Evangelho
A necessidade da infalibilidade
A hierarquia da Igreja
O Papado e a Eucaristia

É tudo isso que vamos por nessas instruções apologéticas.

III – O preâmbulo da fé

Os teólogos chamam a Apologética o preâmbulo da fé. Vejamos a razão e a certeza desta denominação.

Muitos pregadores queixam-se da inutilidade de seus sermões e conferências. Pode haver nesta queixa muita humildade, que ignora o bem produzido, pode haver também muita verdade.

Estará, talvez, o assunto bem adaptado às necessidades do presente? Estamos atravessando uma crise de caráter e, portanto, de fé.

A fé, embora sincera, é muitas vezes fraca, vacilante, porque não tem base. A fé é uma virtude sobrenatural, porém, no homem, o sobrenatural está como enxertado no natural.

Faltando a disposição natural na pessoa, o sobrenatural não encontra base sólida, e afora um milagre, não se sustenta. É fácil analisar isso. Basta analisar o ato de fé.


A fé completa percorre três etapas:

A credibilidade (é crível)
A credidade ou conveniência (convém crer)
A fé propriamente dita (creio)

A fé deve apresentar-se com títulos sérios ou credenciais, que mostram que esta ou aquela verdade é crível: são os motivos da credibilidade.

À vista destas credenciais, o espírito convence-se especulativamente de que deve crer em tais verdades críveis: é o assentimento de simples credibilidade.

Depois, saindo da ordem teórica, o espírito passa à determinação prática, e diz: Se tal coisa é crível, convém, pois, crer! São os atos de credidade.

A vontade, então orientada pela inteligência, faz o ato livre de fé: É crível, convém crer, creio!


IV – O ato de fé

Estes três atos que acabamos de assinalar encadeiam-se, e não podem ser separados.

Para que a fé penetre numa alma é preciso recorrer aos motivos que iluminam a inteligência e estimulam a vontade: são os motivos de credibilidade.

Os motivos de credidade são uma espécie de impulso dado à vontade para crer: convém Crer!

A vontade tira a conclusão e diz: creio. – é o ato de fé.

A graça divina intervém nestas várias operações para iluminar a inteligência e inspirar a parte afetiva; ela é menos necessária talvez para a credibilidade, mas absolutamente necessária para a credidade (convém crer) e para a adesão final: creio.

O motivo da fé é a autoridade de Deus revelador; o meio ordinário e a regra comum é a autoridade da Igreja.

Pode-se comparar essas três etapas da fé às três etapas da impressão de um livro.

O censor do livro diz: nihil obstat. É bom, não há impedimento.
O Bispo diz: Imprimi potest: pode ser impresso...
O autor, entregando o livro à tipografia, tira a conclusão e diz: Imprimatur. Seja o livro impresso.

Em suma, esses três atos são: É bom – Convém – faço!

Assim o homem ouvindo uma exposição apologética, aprende os motivos de credibilidade: É crível. A sua vontade instruída diz logo: Creia pois! (credidade) e, estimulada pela graça e pela inteligência, a vontade exclama: Creio, Senhor!


V – Necessidade da Apologética

Bem compreendido o que acabamos de dizer do ato de fé integral, podemos, com segurança, tirar uma conclusão de grande alcance.

A falta de fé sólida e convicta é o grande mal da nossa época.

É preciso, não simplesmente ensinar a doutrina, o dogma, a moral: é preciso, antes de tudo, argumentar e fundamentar a fé.

Ora, o caminho desta fé integral é o que já chamamos – introduzir nos espíritos os preâmbulos da fé.

Estes preâmbulos são a Apologética, contendo:

1º: os motivos de credibilidade, mostrando as raízes, as belezas, os atrativos, o lado racional das verdades religiosas: é preciso mostrar que a religião é crível.

2º: É preciso deduzir destas noções a necessidade de abraçar e praticar esta religião, pelos motivos de credidade ou conveniência. Se a religião é crível, convém crer nela.

3º: Só depois desse preparo do espírito e da vontade haverá um ato de fé integral, baseado de um lado sobre o conhecimento da religião, e de outro lado sobre a autoridade de Deus, revelador da Religião.

Assim sendo, o primeiro ensino a dar aos fiéis é o ensino apologético: donde a necessidade de um curso completo sobre o assunto, durante o ano inteiro, na pregação dominical.

VI – Conclusão

Concluímos que o presente curso de Apologética é de incontestável necessidade, para preparar as almas ao dom da fé, que lhes mostra a religião, não mais como uma simples opinião, mas como uma verdade revelada por Deus.

A exposição dessas verdades, longe de ser árida, como uns pensam, excita nos ouvintes um imenso interesse de conhecer melhor a religião e de praticá-la integralmente.

Fruto de longa experiência no púlpito e na administração paroquial, o presente livro não tem outra ambição senão de ajudar os zelosos sacerdotes no desempenho de sua atrelada e às vezes espinhosa missão de instruir os fiéis e de excitar neles uma fé sincera, fundada e ativa.

Nada de novo ensina, é certo, aos sacerdotes, porém coordena, divide, adapta e deduz do Evangelho, numa ordem lógica, umas tantas verdades, que não se nota à primeira vista, mas cuja explanação relembrará aos pregadores o que sabem e lhes mostrará o modo prático de expor estas verdades ao povo.
Seja este livro nas mãos do nosso clero zeloso, um instrumento para a salvação das almas, é a única aspiração do autor.


 

© Copyright Sociedade Católica


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Para citar:

Lombaerde, Pe. Júlio Maria
: "Introdução aos Comentários Apologéticos". Disponível em Apostolado Sociedade Católica:http://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=698 Desde 30/01/2011.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Acólitos e cerimoniários

Coroinha (do latim pueri chori, "menino do coro") é uma criança ou adolescente, geralmente do sexo masculino, que auxilia os sacerdotes nas funções do altar.

Em 1994, o papa João Paulo II autorizou que meninas também servissem no Altar; A Carta-encíclica Redemptionis sacramentum prevê essa circunstância. Atualmente, em algumas paróquias a função de coroinha é permitida também às meninas, mas sua autorização deve provir do Ordinário (bispo) local.
No Brasil, confunde-se "coroinha" com "acólito", todavia, coroinha não é um ministro instituído, isto é, ordenado pelo Bispo, característica do acólito.

Há a tentativa de não usar o nome de acólito para o coroinha para evitar a confusão entre as funções de cada um:
• Coroinha (ou acólito extraordinário) - jovem que auxilia nas funções litúrgicas no altar e nas paraliturgias;
 Acólito - umas das Ordens menores anteriores ao Diaconato e ao Presbiterato. Além de auxiliar no Presbitério e nas paraliturgias também coloca e retira o Santissimo Sacramento do cibório, píxide ou ostensório durante a cerimônia de Adoração ao Santíssimo Sacramento.

O que é

Ser coroinha é estar a serviço: a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, da Paixão-Morte-Ressureição de Cristo. Servir ao altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente o Evangelho.
Estar a serviço do próximo é estar pronto para a doação e a entrega, é ser amparo e consolo para os que necessitam, é saber amar e viver a caridade. A vida de Cristo foi dedicada a servir o próximo. Da mesma, forma o coroinha é chamado a servir como Cristo. 

No seu serviço o coroinha deve buscar sempre a alegria e a disposição, o contato fraterno e amigo, o respeito e a dedicação às coisas sagradas. O jovem deve demonstrar que vive sua fé, que observa os Mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo e correto. Deve continuamente dar testemunho de que Cristo é o seu Senhor e Mestre. 

Na vida do coroinha a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a se relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração recebem-se as graças de Deus, o auxílio para os momentos difíceis e a força para superar o pecado e as falhas pessoais. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Cristo se não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao coroinha exercer o seu serviço ao próximo e ao altar de forma digna. 

Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração e amor e, assim, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus.

Espiritualidade

Por atuar diretamente nos serviços do altar a espiritualidade central do Coroinha é a espiritualidade eucarística. O Coroinha, em cada celebração eucarística, torna-se pequeno guardião e defensor da sacralidade da Eucaristia. É chamado a dar testemunho da presença real de Cristo na Eucaristia e das bençãos que Ele derrama em sua Igreja. A piedade, a oração, a adoração a reverência e gosto pelos demais sacramentos também são marcas da espiritualidade que o Coroinha deve cultivar em sua vida. 

Para que isso possa ser realizado com exito os Coroinhas contam com a intercessão dos seus santos padroeiros e do Anjo da Guarda. São eles: São Tarcísio, Santa Maria Goretti, beato Adílio Daronch e do seu Anjo da Guarda.

São Tarcísio é martir da Eucaristia. Sendo Coroinha soube defender até a morte a sacralidade da Eucaristia. É testemunho de um Coroinha que soube cumprir com sua missão. Santa Maria Goretti morreu com a idade de 12 anos e é símbolo da pureza e da reta intensão em servir o Senhor, não temendo doar a própria vida por isso. O beato Adílio é testemunho, no século XX, da mesma missão de Tarcísio nos primeiros séculos do cristianismo e que perpassa os séculos. Também doou a sua vida pela evangelização, enquanto cumpria com sua missão de Coroinha. 

Ambos são testemunho concreto da missão e da importância dos Coroinhas na Igreja. São impulso e coragem para que cada Coroinha possa sempre servir e amar Cristo e sua Igreja. Lembra a todos os Coroinhas da bela e importante missão que têm e da importância de levar-la a sério. 

A Oração do Santo Anjo, a devoção para com a Eucaristia, o exemplo de fé e amor de São Tarcísio e de Santa Goretti e do beato Adílio, serão sempre a marca de espiritualidade do Coroinha.

Oração do Coroinha 

Jesus, estamos aqui nos valendo de sua permissão “deixai vir a mim as crianças”. Desperta em nós um carinho e um respeito cada vez maior pela liturgia de sua igreja. Que possamos através de nosso serviço despertar nas pessoas o amor que tu mereces na sagrada eucaristia. Alimenta-nos com tua palavra para que possamos ajudá-lo a transformar nossa sociedade, e assim, seguindo seus ensinamentos, celebrarmos dignamente os mistérios da salvação que deixastes para nós. Amém!

ALFAIAS

É o nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nascelebrações. "Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaiasservissem digna e belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que oprogresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos" (SC 122c).Portanto, templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes eparamentos, e todos os objetos devem manifestar a dignidade do culto,que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, aquem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora "emespírito e verdade".

LIVROS LITÚRGICOS

MISSAL - Livro usado pelo sacerdote na celebração eucarística.
LECIONÁRIO - Livro que contém as leituras para a celebração. São três:
I - Lecionário dominical - Contém as leituras dos domingos e de algumassolenidades e festas.
II - Lecionário semanal - Contém as leituras dos dias de semana. A primeiraleitura e o salmo responsorial estão classificados por ano par e ímpar. Oevangelho é sempre o mesmo para os dois anos.
III - Lecionário santoral - Contém as leituras para as celebrações dossantos. Nele também constam as leituras para uso na administração desacramentos e para diversas circunstâncias.
EVANGELIÁRIO - É o livro que contém o texto do evangelho para ascelebrações dominicais e para as grandes solenidades.

ESPAÇO CELEBRATIVO 

ALTAR - Mesa fixa, podendo também ser móvel, destinada à celebraçãoeucarística. É o espaço mais importante da IgrejaLugar onde se renova osacrifício redentor de Cristo.
AMBÃO - Chama-se também Mesa da Palavra. É a estante de onde seproclama a palavra de DeusNão deve ser confundida com a estante do comentador e do animador do canto. Esta não deve ter o mesmo destaquedo ambão.
CREDÊNCIA - Pequena mesa onde se colocam os objetos litúrgicosqueserão utilizados na celebraçãoGeralmente, fica próxima do altar.
PRESBITÉRIO - espaço ao redor do altargeralmente um pouco maiselevadoonde se realizam os principais ritos sagrados.
NAVE DA IGREJA - Espaço do templo reservado aos fiéis.
SACRÁRIO - Chama-se também Tabernáculo. É uma pequena urna ondesão guardadas as partículas consagradas e o Santíssimo Sacramento. Recomenda-se que fique num lugar apropriadocom dignidadegeralmentenuma capela lateral.
PÚLPITO - Lugar nas igrejas antigas de onde o presidente fazia apregaçãoHoje, praticamente não é mais usado.
BATISTÉRIO – lugar reservado para a celebração do batismoEmsubstituição ao verdadeiro batistério, usa-se a pia batismal.
SACRISTIA – sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos ministrose os objetos destinados às celebrações; é também o lugar onde osministros se paramentam.

OBJETOS LITÚRGICOS 

CORPORAL - Tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca ocálice com o vinho e a patena com o pão.
MANUSTÉRGIO - Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito doLavabo. Em tamanho menor, é usada pelos ministros da Eucaristia, paraenxugarem os dedos.
PALA - Cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e ocálice.
SANGUINHO - Chamado também purificatório. É um tecido retangular, como qual o sacerdote, depois da comunhão, seca o cálice e, se for preciso, aboca e os dedos.
VÉU DE ÂMBULA - Pequeno tecido, branco, que cobre a âmbula, quandoesta contém partículas consagradas. É recomendado o seu uso, dado oseu forte simbolismo. O véu vela (esconde) algo precioso, ao mesmo tempoque revela (mostra) possuir e trazer tal tesouro
ÂMBULA, CIBÓRIO OU PÍXIDE - É um recipiente para a conservação edistribuição das hóstias aos fiéis.
CÁLICE - Recipiente onde se consagra o vinho durante a missa.
CALDEIRINHA - pequena vasilha, onde se coloca água benta para aaspersão.
ASPERSÓRIO - é um pequeno instrumento com o qual se joga água bentasobre o povo ou sobre objetos.
CASTIÇAL - Utensílio que se usa para suporte de uma vela.
CANDELABRO - Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma dasquais corresponde um foco de luz.
PATENA - Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstiadurante a celebração da missa.
BACIA E JARRA - Em tamanho pequeno, contendo a jarra a água, para orito do "Lavabo", na preparação e apresentações dos dons.
CÍRIO PASCAL - Vela grande, que é benzida solenemente na Vigília Pascaldo Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o Domingo dePentecostes. Acende-se também nas celebrações do Batismo.
CRUZ - Não só a cruz processional, isto é, a que guia a procissão deentrada, mas também uma cruz menor, que pode ficar sobre o altar.
VELAS - As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam no altar,geralmente em número de duas, em dois castiçais.
OSTENSÓRIO - Objeto que serve para expor a hóstia consagrada, paraadoração dos fiéis e para dar a bênção eucarística.
CUSTÓDIA - Parte central do Ostensório, onde se coloca a hóstiaconsagrada para exposição do Santíssimo. É parte fixa do Ostensório.
LUNETA - Peça circular do Ostensório, onde se coloca a hóstiaconsagrada, para a exposição do Santíssimo. É peça móvel.
GALHETAS - São dois recipientes para a colocação da água e do vinho,para a celebração da missa
HÓSTIA - Pão não fermentado (ázimo), usado na celebração eucarística.Aqui se entende a hóstia maior. É comum a forma circular.
PARTÍCULA - O mesmo que hóstia, porém em tamanho pequeno e destinada geralmente `à comunhão dos fiéis.
RESERVA EUCARÍSTICA - Nome que se dá às partículas consagradas, guardadas no sacrário e destinadas sobretudo aos doentes e à adoraçãodos fiéis, em visita ao Santíssimo. Devem ser consumidas na missaseguinte.
INCENSO - É uma resina aromática, extraída de várias plantas, usadasobre brasas, nas celebrações solenes (Ver também a referência do nº 66).
NAVETA - Pequeno vaso onde se transporta o incenso nas celebraçõeslitúrgicas.
TECA - Pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristiapara os doentes.Usa-se também, em tamanho maior, na celebraçãoeucarística, para conter as partículas.
TURÍBULO - Vaso utilizado nas incensações durante a celebração. Nele se colocam brasas e o incenso.

OUTROS SÍMBOLOS

IHS - Iniciais das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que significam: Jesus Salvador dos homens. Empregam-se sempre em paramentoslitúrgicosem portas de sacrário e nas hóstias.
ALFA E ÔMEGA - Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismoaplicam-se a Cristoprincípio e fim de todas as coisas.
TRIÂNGULO - Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulosimboliza a Santíssima Trindade. É um símbolo não muito conhecido pelonosso povo.
INRI - São as iniciais das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex Iudaerum,que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus, mandadas colocar porPilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19).
XP - Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português a C e R. Unidas, formam as iniciais da palavra CRISTÓS (Cristo). Esta significação simbólica é, porém, ignorada por muitos.

VESTES LITÚRGICAS

ALVA ou TÚNICA veste longa, de cor branca ou neutracomum aosministros de qualquer grau.
AMITO - Pano que o ministro coloca ao redor do pescoço antes de outrasvestes litúrgicas (pouco usado).
CASULA - Veste própria do sacerdote que preside a celebraçãoEspéciede manto que se veste sobre a alva e a estola. Acompanha a cor litúrgicado dia.
ESTOLA - Veste litúrgica dos ministros ordenados. O bispo e o presbítero a colocam sobre os ombros de modo que caia pela frente em forma de duastiras, acompanhando o comprimento da alva ou túnica. Os diáconostambém a usam, porém a tiracolosobre o ombro esquerdo, pendendo-a do lado direito.
CAPA PLUVIAL - Capa longaque o sacerdote usa ao dar a bênção doSantíssimo ou ao conduzi-lo nas procissões. Usa-se também no rito deaspersão da assembléia.
CÍNGULO - Cordão com o qual se prende a alva ao redor da cintura.
VÉU UMERAL - Chama-se também véu de ombrosManto retangular usadopelo sacerdote sobre os ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou aotransportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento.
DALMÁTICA - Veste própria do diácono. É colocada sobre a alva e aestola.

CORES LITÚRGICAS

BRANCO - Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: naQuinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santoem todo o TempoPascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando nãomártires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão), nas festas ememória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, na festa deTodos os SantosSão João BatistaSão João EvangelistaCátedra de SãoPedro e Conversão de São Paulo. É a cor predominante da ressurreição.
VERMELHO - Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado: no Domingo
de 
Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira santa, no Domingo de Pentecostes, nas festas dos Apóstolos, dos Santos mártires e dos Evangelistas.
VERDE - É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no TC se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor dafesta).
ROXO - Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e daQuaresma. Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, está havendo uma tendência a se usar o violetaemvez do roxopara distinguí-lo da Quaresmapois Advento é tempo de felizexpectativa e de esperança, num viver sóbrio, e não de penitênciacomo aQuaresma).
PRETO - É símbolo de luto. Pode ser usado nas missas pelos mortos,mas nessas celebrações pode-se usar também o branco, dando-se entãoênfase não à dormas à ressurreição.
ROSA - Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo doAdvento, chamado "Gaudete" , e no 4º Domingo da Quaresma, chamadoaqui "Laetare", ambos domingos da alegria.

POSIÇÕES CORPORAIS

Na liturgia toda a pessoa é chamada a participarAssim, os gestoscorporais são também vivamente litúrgicosAssim, temos:

Estar em : é a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de quem estápronto para obedecerpronto para partir. Demonstra prontidão para porem prática os ensinamentos de Jesus.

Estar sentado: é a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta posição cabe principalmente ao se ouvir as leituras (salvoleitura do Evangelho), na hora da homilia e quando a pessoa estáconcentrada, meditando.

Estar ajoelhado: é a posição de quem se põe em oração profunda,confiante.

Fazer genuflexão: faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significaadoraçãopelo que é reservado ao Santíssimo Sacramentoquer exposto,quer guardado no sacrárioNão fazem genuflexão nem inclinação profundaaqueles que transportam os objetos que se usam nas celebraçõesporexemplo, a cruz, os castiçais, o livro dos evangelhos.

Prostrar-se: significa estender-se no chãoexpressa profundo sentimentode indignidadehumildade, e também de súplicaGesto previsto na Sexta-feira santa, no início da celebração da PaixãoTambém os que vão serordenados diáconos e presbíteros se prostram.

Inclinar o corpo: é uma atitude intermediária entre estar de  e ajoelhar-se. Sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou àsimagens. Faz-se inclinação diante da cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a bênçãoquandodurante o ato litúrgico, há necessidade depassar diante do tabernáculoantes e depois da incensação, e todas asvezes em que vier expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.

Erguer as mãos: é um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus.Geralmente se usa durante a recitação do Pai-nosso e nos cantos de louvor.

Bater no peito: é expressão de dor e arrependimento dos pecadosEstegesto ocorre na oração Confesso a Deus todo poderoso...

Silêncioatitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito,atençãomeditaçãodesejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Nacelebração eucarística, se prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à oração inicialapós uma leitura ou após a homilia.Depois da comunhãotodos são convidados a observar o silêncio sagrado.

SÍMBOLOS LITÚRGICOS LIGADOS À NATUREZA

ÁGUA - A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nossobatismoonde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar também amorte (enquanto por ela morremos para o pecado).
FOGO - O fogo ora queimaora aquece, ora brilhaora purifica. Estápresente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações,como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo sobretudo da ação doEspírito Santo.
LUZ - A luz brilhaem oposição às trevas, e mesmo no plano natural énecessária à vidacomo a luz do solEla mostra o caminho ao peregrinoerrante. A luz produz harmonia e projeta a pazComo o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se aum número infinito de chamas e destruirassim, a mais espessa nuvem detrevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivocomo no Círio Pascal. Aluz e, pois, a expressão mais viva da ressurreição.
PÃO E O VINHO - Símbolos do alimento humanoTrigo moído e uvaespremida, sinais do sacrifício da naturezaem favor dos homens.Elementos tomados por Cristo para significarem o seu próprio sacrifícioredentor.
INCENSO - Como se falou no número 33, com sua especificidadearomáticaSua fumaça simboliza, pois, a oração dos santosque sobe aDeusora como louvorora como súplica.
ÓLEO - Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dosEnfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Unção dos EnfermosNos três sacramentos, trata-se do gesto litúrgicoda unçãoAqui vemos que o objeto - no caso, o óleo - além de ele próprioser um símbolo, faz nascer uma açãoisto é, o gesto simbólico de ungirTaltambém acontece com a águaela supõe e cria o banho lustral, depurificaçãocomo nos ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do "asperges", este em sentido duplo: na missacomo rito penitencial, e naVigília do Sábado Santocomo memória pascal de nosso Batismo. A essesgestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos rituais". Aunção com o óleo atravessa toda a história do Antigo Testamento, naconsagração de reisprofetas e sacerdotes, e culmina no NovoTestamentocom a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido deDeus. A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, porexcelência.
AS CINZAS - As cinzasprincipalmente na celebração da Quarta-Feira deCinzassão para nós sinal de penitência, de humildade e dereconhecimento de nossa natureza mortalMas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério PascalNão nos esqueçamos de que elassão fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anteriorgeralmentequeimadas na Quaresmapara o rito quaresmal das cinzas.