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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Latim na Liturgia

Aqui e acolá, Brasil afora, tem-se suscitado, no meio católico, uma disputa se a pronúncia eclesiástica (romana) ou se a clássica deva ser utilizada nas celebrações litúrgicas católicas.

Os artigos que aqui oferecemos dão-nos conta que a pronúncia clássica do latim nunca foi utilizada nas celebrações litúrgicas da Igreja Católica,  quer seja na Santa Missa, nos Sacramentos ou em quaisquer outros atos litúrgicos.

A pronúncia clássica do latim é uma especulação de estudiosos. Não há quaisquer registros que se tenha usado o latim dito clássico, uma vez que está “morto” e em desuso há mais de 2.000 anos. A pronúncia clássica do latim pertence ao Latim Clássico e não deve ser utilizado em ambientes e atos litúrgicos.

Por outro lado, o latim eclesiástico esteve em uso durante a maior parte da história da Igreja. É sobejamente conhecido como se deve pronunciá-lo na Missa, porque ainda é feito hoje em dia, e a Igreja nunca cessou de fazê-lo (pelo menos no Rito Gregoriano).  

Desde que houve a transição do uso do grego para o latim na Liturgia, o latim dos romanos paulatinamente tornou-se, pela prática, o latim da Igreja, com novas palavras emergindo para dar conta de suas necessidades e, concomitantemente, deu-se uma mudança na pronúncia. 

Portanto é um erro grave o uso da pronúncia clássica no lugar da eclesiástica; quer seja movido pelo desejo de novidade quer pelo de antiguidade, trata-se de um erro sério. Ademais, o fato de um Santo e Papa, como S. Pio X, ter desejado que a pronúncia romana fosse a adotada na liturgia católica, não apenas na França, mas em toda a Igreja, por si só já deveria ser argumento mais que suficiente para que essa fosse adotada.

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